Não cometa estes erros na hora de formar seu pasto!
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Estabelecer um pasto produtivo está entre os objetivos de todo pecuarista (e agricultor, se faz ILPF). Para alcançar esse objetivo, por vezes é necessário:

  • Fazer um trabalho de recuperação ou reforma de pastagens degradadas;
  • Implementar áreas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF);
  • Renovar pastagens através da substituição de espécies, para aquelas que são mais adequadas ao sistema produtivo, ou roçando-as.

Em qualquer um destes cenários, escolhas erradas podem trazer prejuízos. Por isso, para se ter sucesso no estabelecimento de um pasto é fundamental que haja planejamento e que as operações sejam realizadas conforme as recomendações técnicas que veremos a seguir.

Erro 1: Plantar durante chuvas torrenciais.

Muitos produtores acreditam que o plantio da forrageira deve ser realizado nas estações chuvosas (primavera-verão), no entanto, um problema desse período é uma chuva torrencial no início do plantio que pode aprofundar as sementes no solo, impedindo a germinação – já que não é somente a umidade que determina que uma semente irá germinar, a profundidade dela no solo também influencia.

Erro 2: Não estudar corretamente a área.

Escolher a área que irá ser estabelecida a pastagem também irá impactar, por exemplo, na escolha da espécie forrageira. Uma área a ser estabelecida em áreas de baixada, mais planas, são mais recomendadas as espécies do gênero Panicum, desde que bem adubadas, pois são forrageiras mais exigentes em fertilidade. Já para áreas com topografia mais acentuada (altas ou ‘acidentadas’), são mais recomendadas espécies do gênero Brachiaria por cobrirem melhor o solo, evitando dessa forma uma possível erosão, além de serem menos exigentes em fertilidade do solo quando comparadas aos panicuns.

Erro 3: Escolher semente apenas pelo preço do kg.

A qualidade das sementes forrageiras comercializadas está relacionada ao Valor Cultural (%VC, ou a porcentagem de sementes viáveis). Sementes de baixo VC tem com elas grandes quantidades de impurezas e sementes mortas, que podem trazer problemas como entupimento do maquinário na hora de plantar, ou áreas falhadas em razão da quantidade de sementes mortas.

Antes de considerar uma semente barata ou cara, observe a recomendação de kg por hectare. Comprar uma semente ‘mais barata’ e de baixo VC vai exigir que você jogue mais quilos por hectare, e o investimento acaba saindo mais alto.

Portanto utilize semente de alto VC como a SOESP Advanced para um estabelecimento muito mais eficiente e uniforme, e um menor custo por hectare plantado.

Erro 4: Escolher uma espécie forrageira porque deu certo para um conhecido.

A SOESP trabalha com mais de 15 tipos diferentes de pasto, cada um com suas particularidades. Na hora de escolher, dificilmente o perfil de outra propriedade será igual a sua. As chances de sucesso numa recomendação de espécie forrageira sem qualquer análise é baixa.

Para escolher, leve em consideração fatores como: clima, tipo e fertilidade do solo, topografia do terreno, drenagem do solo, tolerância a pragas e doenças, espécie e categoria animal que consumirá a forragem e o tipo de manejo. Só assim você irá encontrar o mais adequado.

Por exemplo, regiões onde são propensas a alagamentos com solos mal drenados, não se deve utilizar o capim-marandu, pois essa forrageira é acometida a síndrome da morte súbita do braquiarão.

Outro cuidado importante, é escolher um capim que seja mais recomendado para a espécie animal, como exemplo, os bovinos são menos seletivos e consomem a grande maioria das forrageiras, já os caprinos e ovinos, por terem menor porte e pastejo mais seletivo, devem consumir forrageiras com menor porte, como exemplo, as cultivares de Panicum: Aruana, Tamani ou Massai 

Para regiões de clima seco, são indicadas forrageiras tolerantes a longos períodos sem chuva e com rebrota rápida, como as do gênero Andropogon.

Além disso, a escolha do capim também deve considerar a intensidade do sistema de produção, a disponibilidade de investimento, a capacidade da mão-de-obra, taxa de lotação e o manejo do gado.

O método  de pastejo, seja ele rotacionado ou contínuo, influencia na escolha da espécie forrageira. Em sistemas mais intensivos, onde ocorre o pastejo rotacionado, são recomendadas espécies de crescimento rápido e com alta produção como as do gênero Panicum maximum.

Já no contínuo, o ideal são capins de maior rusticidade, enraizamento agressivo e média exigência de fertilidade e água , como as do gênero Brachiaria spp. que conseguem manter a qualidade da forrageira, mesmo em solos mais fracos e em períodos menos chuvosos.

Fale com um agrônomo da SOESP para tirar suas dúvidas: 18 3902-9999

Erro 5: Não preparar o solo

O preparo do solo é um dos cuidados iniciais primordiais para o estabelecimento da pastagem, iniciando com a análise do solo e correções de acordo com a espécie forrageira a ser implantada para que se tenha um pasto bem formado.

Amostragem e Análise do solo

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Antes de preparar o solo é necessário conhecê-lo, por isso realizar uma amostragem do solo e análise química e física, é fundamental para conhecer a quantidade de nutrientes disponíveis e a composição do solo quanto ao teor de areia, argila e silte, para assim realizar as correções e adubações no período e na quantidade ideal  . Essa amostragem geralmente é realizada na profundidade de 0-20 cm com auxílio de trados, sondas ou pá, onde são coletados pelo menos 20 amostras simples por gleba, para formar uma composta de cada área, separadas conforme as diferenças de cada área, seja uma encosta ou baixada, por exemplo.

Correções

Após resultados da análise de solo, o próximo passo será realizar as correções quando a mesma indicar a necessidade. Como recomendação para o preparo do solo é indicado três tipos de correções: calagem, gessagem e fosfatagem.

A calagem, consiste na aplicação de calcários, elevando os teores de cálcio e magnésio, adequando o pH, a saturação por bases e a neutralização do alumínio que é tóxico para as plantas. Ele deve ser aplicado pelo menos três meses antes do plantio.

A gessagem também é recomendada para quando se há um alto teor de alumínio, ou para aprofundar o cálcio no solo, para que seja explorado pelas raízes. Essa correção ajuda a melhorar a captação de nutrientes e água, tornando-as mais produtivas e resistentes à época de seca.

Já a fosfatagem, aumenta os teores de fósforo, um elemento bem pouco disponível nos solos brasileiros, mas muito exigido pelas forrageiras e responsável pelo desenvolvimento das raízes. 

Quando a análise de solo indicar a necessidade da reposição de potássio, este deve ser corrigido, sendo um nutriente responsável pela expansão celular e crescimento da planta. Importante destacar que adubos potássicos não devem ser misturados com as sementes durante o plantio, devido ao alto índice de salinidade.

Gradagem 

Pode ser dividida em gradagem aradora e niveladora. A aradora é mais profunda e pesada e tem como finalidade revolver o solo e reduzir a compactação. Ela também favorece a produtividade e a longevidade da pastagem. No entanto, ela deve ser feita no meio do período seco, para uma eliminação completa de vegetação indesejada. O número de gradagem a ser realizada irá depender da textura do solo e o quão o mesmo se encontra compactado.

A gradagem niveladora, é feita para melhor recebimento das sementes, reduzindo o tamanho dos torrões e nivelando o solo. Ela deve ser feita antes das chuvas, preparando logo para as primeiras chuvas.

Semeadura

A semeadura é muito importante para o estabelecimento da pastagem, pois nada adianta ter um bom preparo do solo se a semeadura não for feita corretamente.

Por isso fique atento a alguns cuidados importantes, como:

  •   Qualidade da semente: Sementes de qualidade garantem um bom stand inicial, evitando o aparecimento de plantas daninhas, doenças e nematoides, por isso, adquira sementes de empresas idôneas e certificadas.
  •   Armazenamento das sementes: O armazenamento também influencia o stand inicial de plântulas e estabelecimento do pasto. Por isso elas devem ser armazenadas em um local seco e protegido de altas temperaturas, insetos e animais que possam atacá-las. Não deixar as sementes próximas a fertilizantes pois os mesmos podem causar danos às sementes.
  •   Regulagem da semeadora: a regulagem é um passo importante do plantio, ela definirá a quantidade ideal de sementes para o estabelecimento da pastagem.
  •   Profundidade de semeadura: é recomendado que as forrageiras sejam semeadas até no máximo 3 cm de profundidade. Quando a semeadura é feita a lanço, é necessário se certificar que essa profundidade seja alcançada, para isso podemos utilizar uma grade niveladora fechada ou com um rolo compactador de forma a promover um contato mais efetivo entre a semente e o solo.

Erro 6: Soltar o primeiro pastejo cedo demais

Após o estabelecimento do capim, a área deve ser submetida ao primeiro pastejo, conhecido também como pastejo de uniformização.

O primeiro pastejo deve ser feito cerca de 45 a 60 dias após a germinação das sementes  seguindo  a altura  de pastejo recomendada para o método de pastejo utilizado. Para cada cultivar existe uma determinada altura que permite a entrada e saída dos animais dos piquetes em lotação rotacionada ou uma faixa para a lotação contínua.

Por exemplo, se uma cultivar, como o BRS Zuri, tem uma altura recomendada de pastejo de 70 a 75 cm então a entrada dos animais ocorrerá quando o pasto atingir essa faixa e a retirada dos animais deve ocorrer quando a planta atingir entre 30 a 40 cm de altura. Para essa prática, recomenda-se animais mais jovens eleves. e que permaneçam por um período curto de tempo na área.

E principalmente, antes de colocar os animais, faça um teste de arranque, puxando as plantas com a mão. Caso elas sejam arrancadas juntamente com as raízes, então é melhor aguardar um pouco mais antes de colocar os animais.

Este cuidado irá:

  •   Proporcionar uma pastagem mais uniforme, pois as plantas tendem a crescer na mesma velocidade, além de acelerar a cobertura do solo
  •   Remove parte da área foliar, permitindo a entrada de luz e estimulando o perfilhamento das gemas da base da planta
  •   Diminui a competição, pois elimina o excesso de plantas que são menos aptas ao estabelecimento
  •   Evita o acamamento do capim (quando a quebra da haste do capim dificulta o consumo dele pelo animal).

Conheça a tecnologia Soesp Advanced

Ter uma semente de qualidade é essencial para o estabelecimento do pasto. A Soesp Advanced é uma tecnologia exclusiva, que oferece espécies selecionadas e tratadas de Brachiarias e Panicuns com alto padrão para os sistemas agropecuários.

Para garantir um bom stand, a tecnologia Advanced garante uniformidade das sementes e alta plantabilidade. Com sua fórmula inovadora, que não se rompe com o atrito dos maquinários durante o plantio, eles possuem na sua composição inseticida, dois fungicidas e é a semente ideal para a ILPF.

Quer saber mais sobre esse produto exclusivo da SOESP, acesse aqui!

Referências Bibliográficas

PEREIRA, L.E.T.; HERLING, V.R.; SILVA, S. C. da. Preparo de solo e manejo de formação de pastagens. Disponível em:< https://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/

catalog/download/479/430/1670?inline=1>.

PORTAL DO AGRONEGÓCIO. Chegou a Hora de preparar a pastagem: Roteiro para que o produtor saiba quando deve recuperar ou reformar suas pastagens. Disponível em:< https://www.portaldoagronegocio.com.br/pecuaria/pastagens/

artigos/chegou-a-hora-de-preparar-a-pastagem-roteiro-para-que-o-produtor-saiba-quando-deve-recuperar-ou-reformar-suas-pastagens>.

 ZIMMER, A. H.; LAURA, V.A.; MACEDO, M.C.M.; KICHEL, A.N.; COSTA, J.A.A.; VALLE, C.B.do. Estabelecimento da pastagem. Disponível em: <https://www.embrapa.br/documents/1354377/1743380/

Estabelecimento-Pastagem-Ademir-Zimmer.pdf/4979beee-4c32-4feb-9acb-7b6c02055533?version=1.0>.

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